Para Philipp Schiemer, banco estatal só era preferido porque oferecia crédito a taxas subsidiadas
O alemão Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz no Brasil, diz que o BNDES “não faz falta nenhuma” no financiamento de caminhões agora que os juros estão mais baixos. Ele afirma que o banco estatal só era o preferido pelos subsídios.
“O BNDES praticava juro negativo, dinheiro de graça. Foi uma irresponsabilidade e até hoje pagamos o preço”, diz.
Segundo o executivo, hoje as taxas são iguais e os clientes preferem os bancos comerciais, que já chegam a 30% do mercado —os 70% restantes das vendas são financiadas pelas próprias montadoras.
Com 17 anos de experiência no Brasil, Schiemer está otimista com o governo Bolsonaro por causa das privatizações e da realização das reformas econômicas. Ele reconhece que a polarização da sociedade afeta a economia e a imagem do Brasil lá fora, mas faz questão de frisar que isso “não começou nesse governo”.
“Os escândalos de corrupção prejudicaram a imagem do Brasil de uma maneira brutal”, afirma.
As vendas de caminhões subiram 40% de janeiro a setembro em relação ao mesmo período do ano passado. O que está puxando essa recuperação?
Talvez essa declaração faça sentido para montadoras de caminhões, um produto conhecido desde o século XIX, movido por petróleo.
Mas para aumentar a geraç&atildatilde;o de energias renováveis, exatamente para permitir dependermos menos do consumo deste combustível fóssil importado, talvez ainda precisemos por um bom tempo, de um Banco focado no desenvolvimento econômico e social como o BNDES.