Novo modelo do PLD ajudará a entender melhor o setor, promovendo o desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas
Em 2021, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) — que guia os preços da energia no curto prazo — passará a ter cálculo horário. A nova precificação, já em uso em alguns países desenvolvidos, deve aumentar a competitividade do setor, afirmou Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A executiva participou do evento Brazil Windpower 2020.
Segundo a conselheira da CCEE, o novo PLD vai capturar melhor a variação da carga e da previsão eólica. Isso trará “um enorme ganho” para o setor. A executiva, no entanto, vê um grande desafio para o mercado livre de energia com o PLD horário: a captura do valor dessa mudança. O mercado livre é a modalidade em que o consumidor negocia diretamente com o produtor de energia. E seus preços têm forte ligação com o PLD.
“Quais são as novas demandas, como o mercado pode ofertar soluções e produtos para se tornar mais competitivo?”, questionou, acrescentando que a “granularidade do preço horário vai abrir oportunidade para novos produtos e tecnologias”.
“Com relação a novos produtos, eu diria que, basicamente, as comercializadoras vão preparar produtos que possam permitir a mitigação, a proteção das grandes variações de preço”, explicou. E acrescenta que, neste caso, podem surgir contratos que travem alguns parâmetros para dar alguma proteção ao gerador, que se adequem ao perfil de consumo.
Preço horário deve levar à sofisticação do setor de energia
“O aumento da participação de players capazes de fazer essa gestão de risco dos portfólios vai aumentar a competitividade do setor”
Fonte: Além da Energia
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