Análise com participação do Ministério de Minas e Energia sugere de melhorias em regras a questões de tecnologia para garantir o fornecimento
O governo apresentou o estudo “Sistemas Energéticos do Futuro: Integrando Fontes Variáveis de Energia Renovável na Matriz Energética do Brasil”, que analisa o que a integração de grandes quantidades de fontes renováveis variáveis no Sistema Interligado Nacional (SIN) exige. O texto sugere melhorias em regras para as energias renováveis e indica algumas questões tecnológicas para que as fontes solar e eólica possam ser mais usadas no Brasil sem risco ao fornecimento.
De acordo com o documento, para que haja sucesso na integração das fontes renováveis variáveis no Brasil, é necessário que a regulação dê apoio ao desenvolvimento e à implementação dessas fontes ao grid do país. A análise das regras brasileiras mostrou que estas cobrem “todas as dimensões relevantes”, conforme o texto.
No entanto, é possível melhorar no que diz respeito à compensação em momentos nos quais a produção é zero; na definição de exigências mínimas dos parques de energia; nas exigências de conexão e desempenho de sistemas de armazenamento de energia em bateria, entre outros.
Importância dos smart grids
O estudo destaca o tamanho do mercado de energia eólica do país como um dos maiores do mundo e o maior na região da América Central e do Sul. A capacidade instalada quadruplicou em 7 anos e deve alcançar 19 gigawatts no fim de 2021. Além disso, espera-se que os parques eólicos cresçam também em eficiência.
Já para parques eólicos, espera-se que o Capex (capital expenditure, expressão em inglês que define o recurso financeiro necessário para comprar ou investir em algo) para painéis fotovoltaicos “continue caindo até 2025 em 20%”. Essa queda deve se manter até 2035. O recuo nos custos deve ser impulsionado por fatores como economia de escala (com fazendas maiores) e melhoras na tecnologia.
O uso massivo de energias renováveis exige uma reserva operacional das fontes tradicionais (hidrelétricas e térmicas). Isto é necessário porque estas suprem a rede quando a produção das fontes variáveis cai. Neste ponto o Brasil está bem porque as hidrelétricas representam 65% da capacidade instalada do país.
Fonte: Além da Energia
Link da Notícia: https://www.alemdaenergia.com.br/estudo-sugere-mudancas-para-garantir-maior-uso-de-renovaveis-no-brasil/