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ECONOMIA & NEGÓCIOS

Crescimento da economia faz empreendedores aumentarem busca por locais para construção de mini hidrelétricas

Funcionamento durante 24 horas e mais quilowatt-hora por mês para cada real investido, são vantagens sobre as usinas solares

Por Alessandro Quadros — Brasília
29/08/2023 19h35 – Atualizado há uma hora

Empresas que desenvolvem projetos de geração e comercialização de energia elétrica têm movimentado a procura de novas áreas para construir miniusinas hidrelétricas, informa a ENERCONS.

Entre os motivos principais estão, em primeiro lugar, o crescimento da economia brasileira que atingiu 2,5% no primeiro semestre, fato que prenuncia uma elevação do consumo e do preço no mercado livre e na geração distribuída. E em segundo lugar, o custo bem menor do quilowatt-hora gerado pelas hidrelétricas quando comparado com o produzido pelas placas solares, que operam apenas 8 horas por dia.

“Para a maioria dos nossos clientes, que buscam essas áreas, construir sua miniusina hidrelétrica é investir em um ativo real, que possui alto valor agregado de venda, mesmo antes de estar construído. E fazem isso ao mesmo tempo em que garantem energia barata para comercializar depois de iniciar a operação”, assegura Ivo Pugnaloni, engenheiro eletricista e CEO da ENERCONS, ex-diretor de Planejamento da COPEL.

“O nosso cliente sabe que o proprietário da área geralmente gostaria de participar do empreendimento ao invés de simplesmente vendê-la, mas muitos não possuem condições financeiras no momento. De toda forma, em vez de deixar parada aquela queda d’água pagando impostos territoriais ou rurais da propriedade, o proprietário prefere transformar parte de sua despesa mensal em uma receita extra, e assim sai o negócio entre as duas partes, aproximadas por nós”, explica Ivo Pugnaloni.

“Nossa empresa atua de duas formas. A primeira é realizando a prospecção das áreas e dos investidores através de trabalho de internet “on bound” e ‘in bound’. A segunda é realizando todos os estudos de viabilidade, projetos, licenciamento e na própria comercialização da energia”, diz o empresário que foi também o primeiro presidente da ABRAPCH, associação nacional do setor de pequenas hidrelétricas.

“Existem vários tipos de clientes. Para aqueles interessados apenas em grande rapidez, que desenvolvem projetos para formar cooperativas para atender residências e pequenos negócios, nós recomendamos a opção solar, pois o licenciamento ambiental é quase imediato e instantâneo”, afirma o especialista.

Contas maiores, operação 24 horas

“Já os clientes que procuram investir para atender empresas com maiores faturas de energia, como indústrias, shoppings, faculdades, supermercados e hospitais, que precisam de uma solução mais profunda e mais barata, que opere durante as 24 horas, nós recomendamos as miniusinas hidrelétricas. Geralmente o problema deste investidor não é a pressa e buscam a ENERCONS para economizar muito mais com as hidrelétricas, pois já fizeram suas contas, percebendo as vantagens e desvantagens entre as duas fontes”, pontuando a diferença.

Estudos e licenciamento

“Muitos clientes nos procuram para estudar, projetar e licenciar suas usinas e não apenas para prospectarem esses terrenos. Outros já estão prospectando propriedades onde existam cachoeiras, há muito tempo, mas encontram áreas onde ainda não existem estudos prévios de viabilidade, indispensáveis para poder dimensionar e comparar os potenciais, prever a economia e o investimento em cada uma delas, pois cada uma é diferente da outra”.

Pugnaloni afirma que o licenciamento ambiental que outrora era muito moroso já é um problema superado, pois os órgãos ambientais dos estados entenderam que miniusinas não podem ter exigências ambientais iguais às das grandes usinas.

“Estamos falando de potenciais de 70 kW, 250 kW, 1 MW e não de uma Usina de Itaipu que tem 14.000 MW”, diz o especialista, afirmando ainda que os órgãos licenciadores adequaram suas exigências ao tamanho dos empreendimentos e que os levantamentos e estudos ambientais podem ser feitos em paralelo com os projetos de engenharia depois da viabilidade estar assegurada.

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