Organização anunciou corte na produção diária de petróleo de maio até o fim de 2023
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira, 3, que o Brasil não pode mais ficar “refém” de decisões arbitrárias da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Silveira defendeu que o Brasil ocupe seu papel estratégico para reduzir o poder de influência de grandes produtores no mercado internacional.
A declaração acontece logo após a Opep confirmar nesta segunda-feira que alguns de seus integrantes reduzirão sua oferta em 1,16 milhão de barris por dia a partir de maio e até o fim de 2023.
“O Brasil não pode mais ficar refém das decisões arbitrárias da Opep de limitar a produção de petróleo. Devemos ocupar o papel estratégico que cabe ao nosso país, reduzindo o poder desses grandes produtores de influenciar, com tanta força, o mercado internacional”, escreveu em publicação no Twitter.
O ministro disse que o Brasil poderá aumentar, nos próximos anos, a produção de petróleo com a exploração de novas fronteiras, incluindo a Margem Equatorial. Silveira também ressaltou que o governo também trabalha para proteger a população da volatilidade dos preços internacionais.
“É prioridade para o governo do presidente Lula investir na modernização e ampliação do nosso parque de refino e fomentar ainda mais a utilização de biocombustíveis. Com isso, vamos diminuir drasticamente a dependência internacional dos derivados de petróleo”, afirmou.