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Descubra o que é a bandeira vermelha na energia e por que ela impacta diretamente o valor da sua conta de luz

Bandeira vermelha na energia: entenda por que a conta de luz fica mais cara

Você já notou que, de repente, a sua conta de luz aumentou e ouviu falar em bandeira vermelha na energia? Pois é, não é mágica nem pegadinha: vamos explicar de forma simples o que isso significa e como afeta o seu bolso!

Estamos passando por um dos momentos de estiagem mais críticos que o Brasil já enfrentou. A falta de chuva não só influencia a umidade do ar, mas também pesa no valor da sua conta de luz. Isso acontece porque, em períodos de seca, os reservatórios das usinas hidrelétricas ficam em níveis baixos, e o país precisa recorrer a fontes de energia mais caras, como as termelétricas.

Mas o que é a bandeira vermelha na energia?

bandeira vermelha na energia é um sistema de alerta criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para informar aos consumidores que o custo de produção de energia elétrica aumentou. Funciona como um semáforo:

Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia, sem custo extra na conta.

Bandeira amarela: condições menos favoráveis, com um pequeno acréscimo na conta.

Bandeira vermelha: condições desfavoráveis, com custos adicionais mais altos.

A bandeira vermelha é subdividida em dois patamares:

  1. Patamar 1: a situação está complicada, mas sob controle. Há um acréscimo de R$ 4,463 para cada 100 kWh consumidos.
  2. Patamar 2: o alerta máximo! O custo adicional sobe para R$ 6,498 para cada 100 kWh consumidos.

Por que a conta de luz fica mais cara na bandeira vermelha?

Quando a bandeira vermelha na energia é acionada, significa que as hidrelétricas não estão dando conta de suprir a demanda devido à escassez de água. Para evitar apagões, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisa acionar as termelétricas, que geram energia a partir da queima de combustíveis fósseis, como óleo diesel e gás natural.

Essas fontes de energia são mais caras e menos eficientes, o que aumenta os custos de produção e, consequentemente, é repassado ao consumidor através da cobrança extra na conta de luz.

Como as bandeiras tarifárias impactam o seu dia a dia?

Além de pesar no bolso, a bandeira vermelha na energia é um sinal para que todos nós adotemos práticas de consumo consciente. Economizar energia nesse período não é apenas uma questão financeira, mas também de sustentabilidade.

Dicas para economizar:

  • Desligue aparelhos que não estão em uso.
  • Aproveite ao máximo a luz natural.
  • Use lâmpadas de LED, que são mais econômicas.
  • Evite banhos muito longos e com água muito quente.

Comentário do Engenheiro e CEO da ENERCONS Ivo Pugnaloni

Para o CEO da ENERCONS, engenheiro eletricista Ivo Pugnaloni, a carga no sistema elétrico que essa nova unidade industrial vai acrescentar não poderá ser sustentada por geração solar, altamente influenciada por dias nublados, chuvosos e pelo inexorável horário depois das 16 horas, quando o sol vai se pondo. “Só fontes hidrelétricas ou termelétricas podem suprir cargas como essa, pois são permanentes. Resta saber se o Ministério de Minas e Energia vai preferir gerar energia elétrica com água nacional, ou com derivados de petróleo importados, caríssimos e poluentes” comentou.

Pugnaloni lamentou estar ainda paralisada nas assessorias do MME , há três anos, a precificação das externalidades ( benefícios e prejuízos adicionais ao meio ambiente) de cada fonte. “Talvez seja a ação dos poderosos “lobbies” aos quais se referiu o próprio ministro Silveira na sua excelente entrevista à CNN, semana passada”, disse o executivo que foi diretor de planejamento da COPEL , concessionária do Paraná.

“Não há como negar que as assessorias do MME estarão fazendo o governo incorrer em grave risco de judicialização caso o Leilão de Reserva de Capacidade não venha a atender ao artigo 26, parágrafo 1-G que determina que todos os benefícios ambientais e de garantia de fornecimento sejam considerados, nos certames como esse, que envolvem centenas de bilhões de reais em energia elétrica, disse ele.

Vejam leitores o que diz a Lei 9784/99 Art. 26 § 1º-G. “O Poder Executivo federal definirá diretrizes para a implementação, no setor elétrico, de mecanismos para a consideração dos benefícios ambientais, em consonância com mecanismos para a garantia da segurança do suprimento e da competitividade, no prazo de 12 (doze) meses, contado a partir da data de publicação deste parágrafo. Se isso não aconteceu, o MME corre o risco de um mandado de segurança interromper todo esse processo de compra enorme, pois a data de publicação deste parágrafo foi 01.03.21. E quem aviusa, geralmente, amigo é”, adendou.

“O atual governo brasileiro precisa entender, de uma vez por todas, que não basta geração solar e eólica para fazer a transição energética, pois elas são fontes intermitentes. Param de uma hora para a outra de produzir. Essas duas fontes são muito boas, mas tem esse grave defeito. Sem novas hidrelétricas para completar a geração faltante da solar e eólica a cada momento, a nossa matriz vai ter que usar cada vez mais termelétricas que já são, graças às manobras desses lobbies, mais de 37% da capacidade instalada do Brasil”, concluiu preocupado Ivo Pugnaloni.

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