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Economia Verde: importância, benefícios e profissões requisitadas

Comentário da ENERCONS:

INACREDITÁVEL.

Chega a ser inacreditável como um artigo deste tamanho, omita qualquer referência às vantagens da energia hidrelétrica, a mais limpa, mais barata, mais nacionalizada em todos os países.

Isso é o efeito da “demonização” e “cancelamento” da fonte de energia hidrelétrica que é a única que não depende de petróleo das térmicas fósseis de noite e de madrugada.

Pois as demais, por conseguirem gerar energia elétrica apenas durante algumas horas do dia, precisam de que à noite, o sistema acione cada vez mais termelétricas movidas a carvão, gás e petróleo para complementar o que não conseguem devido à intermitência da radiação solar e do vento. A custos 8 vezes mais caro do que com água, claro!

Não é por outra razão que são exatamente os países e empresas produtoras de petróleo e fabricantes de equipamentos para termoelétricas os que escondem em suas campanhas publicitárias como nesse artigo, a fonte hidrelétrica.

Afinal no Brasil produziremos em 2023 mais de 70% da energia com agua grátis que cai do céu, em vez de usarmos derivados de petróleo importado.

Desconfiamos muito de quem sendo do setor de petróleo ou ligado a ele se derrama em juras de amor e elogios a uma transição energética, que pelo jeito, será feita do hidro totalmente limpo,  que poderia ser agora sol+hidro para a combinação sol+petróleo bastante suja, cara e poluente se pensarmos em toda a cadeia produtiva desde a produção de silício a 1000 graus Célsius e  na perda completa da produção de alimentos nas áreas planas exigidas.

Economia Verde é resultado de uma agenda que contempla cada vez mais temas ambientais e de impacto social.

As empresas preocupadas com práticas sustentáveis encontraram nesse conceito uma maneira de ajudar o planeta e também garantir um importante diferencial competitivo, principalmente no Brasil.

Um recente levantamento publicado pela McKinsey & Company divulgou que 85% dos brasileiros afirmaram se sentir melhor consumindo produtos sustentáveis.

Para demonstrar que estão de fato mais preocupadas com o impacto de suas ações no meio ambiente, 96% das 250 maiores organizações nacionais passaram a incluir dados sobre sustentabilidade em seus relatórios, segundo pesquisa da KPMG.

Ou seja, a Economia Verde é uma realidade.

Para entendê-la melhor e conseguir implementar alguns de seus conceitos, é importante ficar por dentro de suas principais características e benefícios, além das diferentes realidades no Brasil e no resto do mundo.

No país, esse setor tem movimentado bastante o mercado de trabalho.

Pensando nisso, pode ser interessante conferir as profissões que estão em alta, se quiser aproveitar essa tendência.

A Economia Verde é um conceito adotado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em 2008.

Segundo o órgão da ONU, significa uma economia que busca garantir a igualdade social e o bem-estar da humanidade aliada à diminuição dos problemas ecológicos e ambientais.

O termo substitui o conceito de ecodesenvolvimento utilizado até então.

De certa forma, converge com a definição de sustentabilidade, que nada mais é do que a preocupação de suprir as necessidades atuais sem comprometer o futuro das próximas gerações.

Só que a Economia Verde aprofunda um pouco essa ideia.

Para atingir um desenvolvimento sustentável na economia como um todo, era preciso deixá-la um pouco mais “verde”.

O conjunto de ações tomadas nesse sentido ganharam o nome de Economia Verde.

A Economia Verde tem algumas características básicas, que devem fazer parte de qualquer tipo de projeto que se proponha a implementá-la.

Vamos a elas:

  • Baixa emissão de carbono e demais gases do efeito estufa
  • Diminuição dos demais efeitos de impacto climático
  • Eficiência na utilização de recursos naturais
  • Inclusão social
  • Reciclagem e reutilização de bens
  • Uso de energias limpas e renováveis
  • Valorização da biodiversidade presente nos ecossistemas
  • Consumo consciente
  • Adoção de práticas mais sustentáveis nos processos produtivos
  • Universalização do saneamento básico
  • Cuidado com os recursos hídricos.

Quais São Os Benefícios Da Economia Verde?

Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Economia Verde pode proporcionar novas fontes de crescimento através de:

  • Aumento na produtividade: mais eficácia na utilização dos recursos e redução do desperdício e do consumo de energia
  • Novas oportunidades para inovação, com a criação de novos mercados para tecnologias, bens e serviços verdes
  • Fortalecimento da confiança dos investidores, com maior previsibilidade no que diz respeito às questões ambientais
  • Mais estabilidade em um cenário com condições macroeconômicas mais equilibradas e menor volatilidade dos preços e recursos
  • Prevenção de estrangulamentos provocados por escassez de recursos ou por falta de qualidade, quando há necessidade de infraestruturas intensivas
  • Prevenção de desequilíbrios nos sistemas naturais que provocam efeitos abruptos, prejudiciais e potencialmente irreversíveis.

A Economia Verde tem o importante papel de servir de vetor para que os governos, em todas as suas esferas, priorizem ganhos sociais e ambientais, seja com investimento ou com legislação.

O Estado pode, por exemplo, impor graves sanções àquelas empresas que insistem em continuar não contribuindo com os princípios sustentáveis definidos.

Uma política fiscal mais dura, com impostos que pesem no bolso das organizações que poluem, ou isenções e subsídios para que possam utilizar fontes de energia mais limpas são algumas possibilidades.

Também é importante que haja uma fiscalização por parte das autoridades competentes, estabelecendo limites e normas mais claras para as indústrias.

Tudo isso pode ser conquistado seguindo os preceitos da Economia Verde.

Os governos podem desenvolver políticas públicas para a conscientização de gestores e da população em geral sobre a importância do uso sustentável dos recursos naturais.

Enquanto o custo social e ambiental continuar sendo colocado em segundo plano e as empresas continuarem desmatando e poluindo, a conta nunca vai fechar.

As consequências estão aí e, caso nada mude, o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) aponta um futuro nada promissor.

A Economia Verde No Brasil

A Economia Verde já está no radar da maioria das empresas brasileiras.

Segundo relatório do Sebrae, 91% dos pequenos negócios têm a percepção de que novas oportunidades e modelos de negócio estão surgindo a partir da preocupação com a sustentabilidade.

Além disso, 93% dos empreendimentos se dizem comprometidos com práticas sustentáveis.

Por outro lado, a maioria (54%) apenas procura realizar algumas ações de consciência sócio-ambiental isoladas, sem qualquer tipo de planejamento.

No recorte das startups e das empresas de maior expressão, a realidade já é um pouco diferente.

Na esteira do conceito dos programas ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês), que movimentam investimentos de US$ 31 trilhões no mundo, segundo reportagem do Financial Times, a Economia Verde está mais adiantada.

Na prática, os programas ESG servem para mostrar ao público em geral o quanto uma empresa está disposta a diminuir os impactos causados ao meio ambiente.

Além de agir de maneira sustentável, as companhias evoluem na sua forma de administração e obtêm ganhos de imagem.

Tudo a ver com Economia Verde, não é mesmo?

Um estudo da ACE Cortex encontrou pelo menos 343 startups brasileiras desenvolvedoras de soluções na área de ESG, sendo que a maioria delas atuam no setor ambiental.

O estudo também aponta que 46% das grandes companhias já utilizam programas de ESG, e 92% acreditam nos valores defendidos pelo conceito.

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