A argentina Pan American Energy (PAE)é mais uma empresa internacional a apostar no potencial baiano para a produção de energia eólica. A companhia, que já atua em cinco países da América Latina – Argentina, Bolívia, México, Paraguai e Uruguai -, chega ao Brasil pela Bahia, onde investirá R$ 3 bilhões na construção de parques eólicos.
As estruturas ocuparão aréas em seis municípios baianos: Novo Horizonte, Boninal, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Oliveira dos Brejinhos e Piatã. Além dos parques em si, os investimentos da PAE serão aplicados na infraestrutura dos entornos, como construção de estradas, melhoria das vias existentes e contrapartidas socioambientais e de ESG, como contratação e capacitação técnica de mão de obra local.
A PAE é conhecida pela atuação na exploração e produção de petróleo e gás e em refino, distribuição e venda de produtos derivados, mas passou a investir também em projetos de energias renováveis, que inclui o projeto na Bahia. “O Brasil é um player global forte na transição energética, com muitos recursos naturais e um grande mercado. Este é um bom momento”, destacou Enrique Lusso, vice-presidente de desenvolvimento internacional da companhia, em entrevista ao Valor Econômico.
A oportunidade de atuar no Brasil começou a ser avaliada em 2020 e a entrada pela Bahia, onde a empresa espera crescer por 30 a 40 anos, não deve ser o único passo. “Acreditamos que temos conhecimento para atuar em outros mercados”, disse Lusso. A previsão, no Complexo Eólico Novo Horizonte, é que as instalações estejam operando por completo em março de 2024.
A capacidade instalada será de 423 MW, a maior do portfólio da PAE, que já vendeu 36% do que vai produzir, para empresas como Eneva e Votorantim. Serão 94 aerogeradores instalados, que começarão a ser entregues já em agosto.