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Energize: Parceria Transforma Indústria Farmacêutica com Energia Renovável

Acordo de Energia Promovido pelo Programa Energize Impulsiona Transição Renovável na Indústria Farmacêutica’

Schneider Electric: Energize celebra PPA pioneiro, adicionando 280 MW de energia solar na Europa para descarbonizar cadeias de suprimentos farmacêuticas.

O programa Energize da Schneider Electric comemora um acordo inédito de aquisição de energia (PPA) que promete impulsionar a energia renovável ao adicionar mais de 280 MW de energia solar à infraestrutura europeia. Esse marco é um passo significativo na direção da descarbonização das cadeias de suprimentos, especialmente no setor farmacêutico, que será beneficiado pela maior presença de energia renovável na rede.

Este contrato de compra de energia, envolvendo várias empresas, não só promove o uso de fontes sustentáveis como também reforça o compromisso com a responsabilidade ambiental. Além de fomentar a utilização da energia solar, o acordo impulsiona um avanço significativo na infraestrutura energética da Europa. Dessa forma, a Schneider Electric avança na sua missão de fortalecer a rede com soluções ecologicamente corretas e eficientes.

Transformação Digital e Energia Renovável

Líder mundial na transformação digital da gestão de energia e automação, a companhia anuncia inovações notáveis no programa Energize, que busca descarbonizar a cadeia de suprimentos do setor farmacêutico. O primeiro grupo de compradores, composto por oito empresas, uniu-se para adquirir energia renovável através de sete novos projetos solares implantados na Espanha, em parceria com dois geradores de energia. Com quase 5% de todas as emissões globais, o setor de saúde concentra a maioria delas no Escopo 3.

Energize: Descarbonização na Indústria Farmacêutica

O programa Energize foi criado com o intuito de enfrentar os desafios climáticos atuais e prospectivos, além de mitigar seus efeitos na saúde humana ao impulsionar a descarbonização da cadeia global de suprimentos dessa indústria. Entre os apoiadores do programa, destacam-se a Takeda Pharmaceuticals International AG, Teva Pharmaceutical Industries e UCB, junto a fornecedores como Avantor, Organon LLC, Perrigo e West Pharmaceutical Services Inc. Essa coalizão se juntou em uma compra coletiva de 305 GWh de energia renovável com a Zelestra.

A Takeda, Teva Pharmaceuticals, Labcorp e West Pharmaceutical Services também adquiriram 258,7 GWh de energia da Bruc. No total, essas empresas firmaram 27 Acordos de Compra de Energia (PPAs) para um fornecimento anual de 563,7 GWh de energia renovável durante dez anos, evitando assim aproximadamente 393 mil toneladas métricas de CO2 a cada ano, equivalente ao consumo de energia de 51.355 residências. O investimento conjunto apoiará três novos projetos solares da Zelestra e quatro outros da Bruc, alcançando uma capacidade total de mais de 280 MW.

Parceria e Compromisso com Energia Renovável

Este modelo de aquisição de energia múltipla ilustra o objetivo do Energize de expandir o acesso à eletricidade renovável nas cadeias de fornecimento da indústria farmacêutica e de saúde, contribuindo para a redução do impacto ambiental do setor. Desde sua criação, em 2021, o programa capacitou mais de 750 fornecedores a adquirirem eletricidade renovável. Para 2024, cinco novos parceiros – Almirall, Bayer, Kenvue, Sandoz e Schott – se juntaram à iniciativa, elevando para 24 o número de empresas comprometidas até 2028.

Como participante do PPA virtual, a Teva Pharmaceuticals demonstra liderança e compromisso com a energia renovável, influenciando tanto seu setor quanto iniciativas como o Energize. Amalia Adler Waxman, chefe de Sustentabilidade da Teva, afirma que grande parte de suas necessidades de eletricidade na Europa já são atendidas, definindo padrões para um futuro sustentável e meta de zero emissões líquidas.

Futuro Sustentável e Energia Renovável

Rachel Kaufman, vice-presidente de Sustentabilidade da Avantor, destaca que o programa Energize é vital para sua estratégia climática, integrando quantidades substanciais de eletricidade renovável em seu portfólio. Como parceiro estratégico do setor farmacêutico, eles apoiam a descarbonização da cadeia de suprimentos. Thomas Wozniewski, diretor global de Manufatura e Suprimentos da Takeda, salienta que a saúde do planeta está ligada à saúde humana, devendo reduzir o impacto ambiental nas suas operações.

Katiana Iavarone, diretora de Suprimentos da UCB, reconhece a necessidade de ação coletiva na crise climática e reforça o compromisso com a transição ecológica por meio da energia renovável. Eles buscam ampliar o impacto da descarbonização por meio do programa Energize, visando um futuro sustentável. Lisa Martin, diretora de Suprimentos da GSK, celebra os avanços do Energize que marcam sua colaboração desde 2021, desempenhando papel crucial na meta de 80% de redução nas emissões da cadeia de valor até 2030.

Soluções Integradas de Internet das Coisas

O novo acordo de energia solar envolvendo quatro fornecedores da GSK na Europa reforça o compromisso com a descarbonização e transição para energia renovável. A Schneider Electric, via sua área de Sustentabilidade, atuou como consultora dos oito participantes no processo de aquisição dos PPAs, continuando a liderar a gestão do Energize e colaborando com parceiros e a Iniciativa de Cadeia de Suprimentos Farmacêutica para promover novas soluções de aquisição de eletricidade renovável.

A Schneider Electric visa criar impacto, capacitando todos para tirar o máximo de energia e recursos de forma sustentável, comprometendo-se com um futuro sustentável. Líder em tecnologia industrial, ela fornece soluções integradas de IoT com inteligência artificial, cobrindo o ciclo de vida e permitindo crescimento lucrativo para clientes, através de automação, software e serviços conectados. Com 150 mil colaboradores globalmente, promovem diversidade e inclusão, guiados por um propósito significativo.

Comentário do Engenheiro e CEO da ENERCONS Ivo Pugnaloni

Para o CEO da ENERCONS, engenheiro eletricista Ivo Pugnaloni, a carga no sistema elétrico que essa nova unidade industrial vai acrescentar não poderá ser sustentada por geração solar, altamente influenciada por dias nublados, chuvosos e pelo inexorável horário depois das 16 horas, quando o sol vai se pondo. “Só fontes hidrelétricas ou termelétricas podem suprir cargas como essa, pois são permanentes. Resta saber se o Ministério de Minas e Energia vai preferir gerar energia elétrica com água nacional, ou com derivados de petróleo importados, caríssimos e poluentes” comentou.

Pugnaloni lamentou estar ainda paralisada nas assessorias do MME , há três anos, a precificação das externalidades ( benefícios e prejuízos adicionais ao meio ambiente) de cada fonte. “Talvez seja a ação dos poderosos “lobbies” aos quais se referiu o próprio ministro Silveira na sua excelente entrevista à CNN, semana passada”, disse o executivo que foi diretor de planejamento da COPEL , concessionária do Paraná.

“Não há como negar que as assessorias do MME estarão fazendo o governo incorrer em grave risco de judicialização caso o Leilão de Reserva de Capacidade não venha a atender ao artigo 26, parágrafo 1-G que determina que todos os benefícios ambientais e de garantia de fornecimento sejam considerados, nos certames como esse, que envolvem centenas de bilhões de reais em energia elétrica, disse ele.

“Vejam leitores o que diz a Lei 9784/99 Art. 26 § 1º-G. “O Poder Executivo federal definirá diretrizes para a implementação, no setor elétrico, de mecanismos para a consideração dos benefícios ambientais, em consonância com mecanismos para a garantia da segurança do suprimento e da competitividade, no prazo de 12 (doze) meses, contado a partir da data de publicação deste parágrafo. Se isso não aconteceu, o MME corre o risco de um mandado de segurança interromper todo esse processo de compra enorme, pois a data de publicação deste parágrafo foi 01.03.21. E quem aviusa, geralmente, amigo é”, adendou.

“O atual governo brasileiro precisa entender, de uma vez por todas, que não basta geração solar e eólica para fazer a transição energética, pois elas são fontes intermitentes. Param de uma hora para a outra de produzir. Essas duas fontes são muito boas, mas tem esse grave defeito. Sem novas hidrelétricas para completar a geração faltante da solar e eólica a cada momento, a nossa matriz vai ter que usar cada vez mais termelétricas que já são, graças às manobras desses lobbies, mais de 37% da capacidade instalada do Brasil”, concluiu preocupado Ivo Pugnaloni.

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