Os debates foram realizados nesta quarta-feira (31/1), em São Paulo, e tiveram a participação do Diretor-Geral, Sandoval Feitosa.
Teve início nesta quarta-feira, em São Paulo, a terceira edição do congresso de networking do setor de energia renovável na América Latina. Neste ano, o evento destaca a importância e a competitividade do Brasil em termos de geração renovável e transição Energética, o que o tornou uma referência regional e global.
O Diretor-Geral da ANEEL, Sandoval Feitosa, abriu a conferência e destacou o crescimento da fonte solar no Brasil. Segundo Feitosa, a fonte solar foi a fonte renovável que mais cresceu, sendo que em 2022 já ultrapassou a eólica. “O ambiente é bastante favorável para que políticas públicas sejam feitas no sentido de desenvolver essa fonte. É claro que temos desafios, mas o cenário tanto no mundo como no Brasil é de fato bem promissor”, destacou.
Sob a perspectiva mundial, de acordo com Feitosa, mesmo em um ambiente conturbado pós pandemia e pós início da guerra na Ucrânia, que desmobilizou as cadeias de suprimento e elevou custos, a geração solar bateu recorde em 2022. “A geração solar cresceu 22% no mundo em 2022 e a Associação solar da Europa projeta mais crescimento para os próximos quatro anos, fruto de diversos incentivos governamentais, com destaque para os mercados da China, Europa, dos Estados Unidos e Brasil. Em nosso país, os números são expressivos graças à irradiação solar e aos incentivos que são dados às fontes renováveis”, ressaltou.
As oportunidades que o Brasil oferece em termos de energias renováveis são inquestionáveis. O próprio Banco Mundial catalogou esse gigante americano como um país que pode ser “mais rico e mais verde”, dado seu potencial de geração eólica e solar, em que o autoconsumo também se destaca.
O evento termina nesta quinta-feira (01/02) e reúne lideranças nacionais e internacionais, além de representantes de empresas do setor de renováveis e agentes do setor.
No período da tarde, Feitosa participou do evento promovido pela Exame Renováveis, cujo tema foi: Energias Renováveis e abertura do mercado livre como vetores de competitividade ao país. Em sua participação no painel sobre oportunidades com a abertura do mercado de energia, Feitosa destacou que “a abertura do mercado livre representa um marco para as energias renováveis, pois as pequenas e médias empresas podem tomar a decisão e privilegiar, no momento da compra, a cadeia de produção de energias renováveis e a compra de energia de empresas que tenham boas práticas de governança”.
Quando questionado sobre o papel da ANEEL nas tratativas sobre a abertura do mercado livre, Feitosa reiterou que o mercado livre foi criado praticamente junto com a agência e que, ao longo dos anos, houve um crescimento expressivo do setor, mas ainda assim ele precisava dar um salto. “Com a abertura do mercado livre a partir de janeiro de 2024, nós demos um grande salto, mas considero que esse salto de agora vai preceder o grande salto, que é acessar o consumidor de baixa tensão. A agência, alinhada à política de governo, estabeleceu um cronograma para a abertura do mercado. Cumprindo uma diretriz do governo, a ANEEL também apresentou estudos sobre a abertura para os consumidores de baixa tensão. O Ministério de Minas e energia deve trazer essa discussão futuramente e a Agência está à disposição para fazer os ajustes necessários”, finalizou.