Grupo ENERCONS cadastra duas pequenas hidrelétricas ESG PCH no leilão de energia nova de 2025

Corte transversal das instalações de piscicultura e fruticultura que poderão ser instaladas nas PCHs

(DA REDAÇÃO) www.enercons.com.br

As duas PCHs, denominadas PCH KM 14 e PCH KM 19, serão construídas no rio dos Patos, a 200 km de Curitiba e somam 18.300 kW de potência instalada, suficiente para atender 8.900 famílias, na divisa dos municípios de Prudentópolis e Guamiranga.

Elas foram projetadas no sistema ESG de alta qualidade ambiental, responsabilidade social e governança, com previsão para instalações de piscicultura e fruticultura conjugadas, entrando em operação em 2030.

O responsável técnico pelos projetos, engenheiro eletricista Ivo Pugnaloni, informou que a ENERBIOS CONSULTORIA EM ENERGIAS RENOVÁVEIS E MEIO AMBIENTE, empresa do Grupo ENERCONS, trabalhou muito para conseguir aprovação da ANEEL para que os barramentos pudessem deixar de ser construídos, pois constavam do inventário aprovado em 2001.

“Os reservatórios eram muito pequenos e quase nada influíam no armazenamento natural da energia. Ao remover os barramentos não apenas reduzimos a zero a área alagada e baixamos o custo da obra, mas também os impactos ambientais e o preço das tarifas ao consumidor”, continuou.

“Reduzimos também a necessidade de maiores períodos de operação das termoelétricas movidas a carvão, óleo, gás ou urânio”, agregou o engenheiro que, desde 2008 coordena a equipe que trata do desenvolvimento dos projetos e cuidará das obras.

Fontes Permanentes e fontes Intermitentes

“Muita gente não percebeu, mas hoje em dia existem apenas duas formas de gerar energia sem parar, de forma permanente, durante 24 horas: ou usamos hidrelétricas ou teremos que usar termelétricas, que geram energia 10 vezes mais cara e 60 vezes mais poluente”.

“As usinas solares e eólicas são chamadas de fontes intermitentes, por uma razão muito simples: apesar de ser ótimo aproveitar a luz do sol e o vento, elas podem deixar de operar quase totalmente num dia sem vento, ou chuvoso, ou muito nublado. Ou mesmo nos dias de sol intenso, depois das 16 horas e antes das 9 horas da manhã”, afirma o profissional, formado pela UFPR em 1976.

“É certo que todos os dias ouvimos falar da invenção de novas baterias químicas, que devem durar mais do que cinco anos. Mas não podemos deixar de somar seu altíssimo custo de reposição ao custo já elevado das placas solares, inversores e retificadores quando se procura fazer de forma isente, uma avaliação de viabilidade técnico econômica, regulatória e ambiental sobre o investimento”, disse.

Baterias químicas ou “baterias de água doce?”

Além disso, para Pugnaloni, fabricar baterias químicas envolve altos impactos ambientais durante os processos de mineração, transporte e manufatura. “Além disso temos que pensar nas grandes quantidades de água doce usados para processar os minerais usados e nem nas grandes quantidades de energia que são necessárias para fabricar as baterias. Já com as hidrelétricas com ou sem reservatórios, tudo é mais fácil, mais natural pois além de lindos e agradáveis lagos, é possível conjugá-las com a piscicultura, a fruticultura, a irrigação, a água para abastecimento das cidades, a navegação fluvial, o lazer, os esportes e o turismo. E principalmente: as hidrelétricas são as verdadeiras baterias naturais para as usinas solares, que tendo preferência na operação, terminam guardando sua energia não utilizada em forme de água armazenada nos reservatórios”, concluiu.

Segundo Pugnaloni, as usinas do rio dos Patos não afetam nenhuma cachoeira, pois naquele trecho o rio não possui nenhuma queda concentrada, mas apenas corredeiras, Elas entrarão em operação no máximo em dezembro de 2030, podendo isso ocorrer antes, sendo que todos os equipamentos, materiais e empresas construtoras serão 100% brasileiros, gerando empregos em território nacional e a maioria em Prudentópolis e região.

Pequenas hidrelétricas cobrem a carga das 24 horas do dia

“As hidrelétricas são parte da história do nosso país e da nossa industrialização. Não se pode falar em indústria sem render respeito e homenagem aos pioneiros que as instalaram em todas as cidades de nosso interior. Nossas empresas e os equipamentos que fabricamos trabalham há décadas aqui e lá fora, construindo aquilo que sabemos exatamente como fazer” disse Pugnaloni.

“Nossa empresa, acompanhando a evolução da tecnologia e da legislação, que agora é menos restritiva aos empreendimentos de menor porte, também está trabalhando com usinas de menor porte”

“Estamos agora atendendo quase todo Brasil com a EK75, uma micro hidrelétrica de 75 kW, a primeira do Brasil, padronizada para aproveitar quedas d’água acima de 7 metros, permitindo uma receita mensal de até 20 mil reais no sistema de geração distribuída”, com as mesmas regras da energia solar, esclareceu. “Porém elas são 100% fabricadas a projetadas no Brasil, não do outro lado do mundo”, concluiu o profissional, que já foi presidente e um dos fundadores da associação brasileira de pequenas centrais hidrelétricas.

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