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Indústria em Ascensão: Renovação e Crescimento Impulsionam a Economia Brasileira

Crescimento de 1,8% da indústria no 2º trimestre de 2024 destacou o setor industrial como pilar do avanço de 1,4% do PIB, impulsionado por investimentos, políticas públicas e inovação.

O aumento de 1,8% na indústria nacional no segundo trimestre de 2024 revela uma confiança renovada no setor. Segundo dados do IBGE, esse crescimento foi um dos fatores principais para o avanço de 1,4% do PIB no mesmo período, demonstrando a relevância do desempenho industrial para a recuperação econômica.

A indústria continua a desempenhar um papel crucial na economia, especialmente dentro do ramo de produção. O notável aumento de 1,8% não apenas impulsiona diretamente o PIB, mas também reflete resultados positivos advindos de investimentos estratégicos, políticas públicas efetivas e inovações contínuas. O impacto do setor no desenvolvimento econômico é evidente, solidificando sua importância na estrutura econômica nacional.

Sérgio Duarte, presidente da Rio Indústria, atribui os resultados obtidos a uma renovada confiança e ao aumento dos investimentos em áreas estratégicas. ‘Este protagonismo da indústria, que não presenciávamos desde o início de 2022, reforça a resiliência e o potencial inovador do setor, mesmo diante dos desafios estruturais que ainda existem’, comenta Duarte.

Indústria de Transformação e Atividades Correlatas

Entre os setores em destaque, a indústria de transformação desempenhou um papel crucial para os bons resultados, com um avanço de 1,8%, acompanhado por expressivos crescimentos nas atividades de eletricidadegás, água e saneamento, que aumentaram 4,2%. ‘Esses dados sugerem um panorama otimista para o setor industrial como um todo, mas também revelam a relevância de políticas públicas e incentivos adequados para sustentar essa tendência de crescimento’, destaca Duarte.

A despeito do crescimento em âmbito nacional, o presidente da Rio Indústria salienta que os resultados no estado do Rio de Janeiro também são encorajadores, mas que a região necessita continuar investindo em infraestrutura e inovações para manter o ritmo nacional. ‘A indústria fluminense está em um processo de recuperação, mas ainda há barreiras, como a alta carga tributária, que afeta nossa competitividade.’

Desafios Fiscais e Competitividade

Isso se reflete nas discussões atuais sobre o aumento de tributos, que pode comprometer o vigor da recuperação’, alerta Duarte. Em termos de produção, o desempenho do setor foi igualmente notável em julho, com um crescimento de 6,1% em comparação ao mesmo mês de 2023, apesar de uma ligeira queda de 1,4% na transição de junho para julho.

A indústria nacional acumulou, ao longo do ano, uma ampliação de 3,2%, um indicador que Sérgio Duarte interpreta como um reflexo direto da adaptação do setor fabril às novas exigências do mercado. ‘Há uma renovação em marcha, com lançamentos de produtos inovadores, tecnologias mais avançadas e estratégias mais robustas, impactando diretamente o desempenho do ramo de produção’, analisa.

Adaptabilidade e Inovação

O presidente da Rio Indústria encerra com uma visão otimista para o futuro do setor. ‘O crescimento observado até este momento é um sinal claro de que a indústria retomou seu papel de destaque na economia brasileira. Precisamos continuar investindo em inovação, eficiência energética e na qualificação da mão de obra para manter esse ritmo e consolidar a recuperação’, conclui.

Para o CEO da ENERCONS, engenheiro eletricista Ivo Pugnaloni, a carga no sistema elétrico que essa nova unidade industrial vai acrescentar não poderá ser sustentada por geração solar, altamente influenciada por dias nublados, chuvosos e pelo inexorável horário depois das 16 horas, quando o sol vai se pondo. “Só fontes hidrelétricas ou termelétricas podem suprir cargas como essa, pois são permanentes. Resta saber se o Ministério de Minas e Energia vai preferir gerar energia elétrica com água nacional, ou com derivados de petróleo importados, caríssimos e poluentes” comentou.

Pugnaloni lamentou estar ainda paralisada nas assessorias do MME , há três anos, a precificação das externalidades ( benefícios e prejuízos adicionais ao meio ambiente) de cada fonte. “Talvez seja a ação dos poderosos “lobbies” aos quais se referiu o próprio ministro Silveira na sua excelente entrevista à CNN, semana passada”, disse o executivo que foi diretor de planejamento da COPEL , concessionária do Paraná.

“Não há como negar que as assessorias do MME estarão fazendo o governo incorrer em grave risco de judicialização caso o Leilão de Reserva de Capacidade não venha a atender ao artigo 26, parágrafo 1-G que determina que todos os benefícios ambientais e de garantia de fornecimento sejam considerados, nos certames como esse, que envolvem centenas de bilhões de reais em energia elétrica, disse ele.

“Vejam leitores o que diz a Lei 9784/99 Art. 26 § 1º-G. “O Poder Executivo federal definirá diretrizes para a implementação, no setor elétrico, de mecanismos para a consideração dos benefícios ambientais, em consonância com mecanismos para a garantia da segurança do suprimento e da competitividade, no prazo de 12 (doze) meses, contado a partir da data de publicação deste parágrafo. Se isso não aconteceu, o MME corre o risco de um mandado de segurança interromper todo esse processo de compra enorme, pois a data de publicação deste parágrafo foi 01.03.21. E quem aviusa, geralmente, amigo é”, adendou.

“O atual governo brasileiro precisa entender, de uma vez por todas, que não basta geração solar e eólica para fazer a transição energética, pois elas são fontes intermitentes. Param de uma hora para a outra de produzir. Essas duas fontes são muito boas, mas tem esse grave defeito. Sem novas hidrelétricas para completar a geração faltante da solar e eólica a cada momento, a nossa matriz vai ter que usar cada vez mais termelétricas que já são, graças às manobras desses lobbies, mais de 37% da capacidade instalada do Brasil”, concluiu preocupado Ivo Pugnaloni.

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