A medida está em processo de estudos junto ao Ministério das Cidades
O Governo Federal pretende utilizar energia renovável nas novas construções do Minha Casa Minha Vida. O objetivo é tornar os novos beneficiários livres da cobrança da conta de luz.
A medida está em processo de estudos junto ao Ministério das Cidades e ao Ministério de Minas e Energia. A isenção da conta de luz irá se aplicar tanto para as novas construções do Minha Casa Minha Vida quanto para conjuntos já finalizados. A expectativa é entregar dois milhões de habitações até 2026.
Conta de luz pesa no bolso
“Com isso você consegue baratear a conta de energia dessas pessoas e a intenção realmente é a conta de luz. A conta de energia acaba pesando muito no orçamento dessas pessoas”, disse o ministro das Cidades, Jader Filho.
No entendimento do ministro, a implementação de energia renovável em imóveis do Minha Casa Minha Vida, é uma forma de promover o desenvolvimento sustentável. Além disso, o ministério começou um estudo com o propósito de estabelecer o valor máximo do financiamento de imóveis pelo programa, que hoje é de R$ 130 mil para a faixa 1.
Novas regras do Minha Casa Minha Vida
Para participar do programa e poder ter seu imóvel financiado, é preciso estar de acordo com uma das faixas de renda pré-estabelecidas. São elas:
Áreas urbanas:
- Faixa Urbano 1: renda bruta familiar mensal até R$ 2.640;
- Faixa Urbano 2: renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4,4 mil;
- bruta familiar mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8 mil
Origem do Minha Casa, Minha vida
O programa habitacional foi criado em 2009 pelo presidente Lula e deixou de existir em 2020. Sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o projeto que facilita o acesso de moradias a população em situação de vulnerabilidade passou a ser chamado Casa Verde e Amarela. Contudo, não foi apenas o nome que mudou. Houve alterações nos critérios e regras de participação.
Benefícios entram no cálculo da renda?
Nos novos critérios estabelecidos pela Medida Provisória, o valor dessas faixas de renda mencionadas anteriormente não considera benefícios temporários, previdenciários ou assistenciais como: auxílio-doença, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família.
O Executivo Federal também informou que metade das unidades do programa serão destinadas para as famílias componentes da Faixa 1. Isto é, onde a renda bruta familiar mensal compreende até R$ 2.640. Além disso, o Minha Casa, Minha Vida passará a incluir pessoas em situação de rua na lista de possíveis beneficiários.
Novas regras
Com a volta do programa, novas regras foram estabelecidas:
- 50% das unidades do programa serão destinadas exclusivamente para famílias com renda de até R$ 2.640 – a chamada “Faixa 1”;
- Os contratos deverão ser realizados, preferencialmente, no nome da mulher.
- O governo ainda deve abrir unidades habitacionais para imóveis novos e usados, em áreas urbanas e rurais;
- O Minha Casa, Minha Vida também irá incluir pessoas em situação de rua na lista de beneficiários da iniciativa;
- O programa deve ainda deve ampliar o número de unidades e repasses para a locação social.