Em visita ao Brasil, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou após encontro com o presidente Lula um investimento de até 2 bilhões de euros (cerca de R$ 10,5 bilhões) em parcerias com hidrogênio verde no Brasil.
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Mas, afinal, o que é o hidrogênio verde? Como funciona esta “energia do futuro” e por que há uma corrida global para desenvolver essa nova fonte? E por que o Brasil pode ser um potencial neste mercado?
O que é o hidrogênio verde?
O uso do hidrogênio como fonte de energia ocorre a partir de um processo chamado eletrólise da água, ou seja, há a “quebra” da água (H20) em moléculas de hidrogênio (H) e oxigênio (O).
Uma vez produzido, o hidrogênio é comprimido em cilindros e alimenta células ou pilhas a combustível — recipientes do tamanho de um aquecedor a gás — para gerar energia.
Mas, para haver a eletrólise, etapa inicial do processo, é preciso uma enorme quantidade de energia. Quando o hidrogênio é produzido a partir de uma fonte de energia renovável, como a hídrica, solar ou eólica, ele é chamado de “hidrogênio verde”, ou seja, que não emite CO2.
É aí que entra o potencial do Brasil, já que o país tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. Quase 90% da energia consumida no Brasil vem de fontes renováveis.
Quais são as vantagens do hidrogênio verde?
Essa tecnologia pode acelerar a transição energética em setores que têm mais dificuldades para aderir à eletrificação, como aviação, transporte de carga, siderurgia e mineração.
Além disso, viabiliza, na prática, armazenar e transportar energia renovável, abrindo espaço para a exportação.