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Abrapch avalia o novo ciclo do hidrogênio renovável no Paraná

O hidrogênio renovável é uma das grandes apostas da transição energética, por ser obtido a partir de fontes renováveis e com baixa emissão de carbono. O Paraná passa a contar com uma série de medidas que criam uma política integrada de fomento à produção, pesquisa e uso do hidrogênio renovável no estado. 

O pacote foi anunciado pelo governador Ratinho Junior durante o 1º Fórum  de Hidrogênio Renovável (H2) do Paraná , realizado na última quarta-feira (3). “Temos plenas condições de liderar este processo e ser um grande fornecedor de energia para Europa e outros países. O hidrogênio utiliza como matéria- prima a água, que temos em abundância no Paraná”, destacou o  governador.

Água e energia são os componentes essenciais para a produção do hidrogênio renovável. Neste contexto, o vice-presidente da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas (Abrapch), Ademar Cury,  destaca que as usinas podem ser grandes aliadas dos novos projetos. “As PCHs e CGHs poderiam auxiliar nesta produção. Energia limpa para produzir hidrogênio verde. É uma nova alternativa que pode ajudar a resolver a crise energética mundial. Vai levar algum tempo para o hidrogênio renovável ser produzido de forma massiva, mas é o caminho do futuro”, destaca Ademar Cury.

O hidrogênio é obtido a partir da separação das moléculas de hidrogênio e oxigênio da água, processo chamado de eletrólise. Mas para ser considerado renovável, também deve ser produzido por meio de fontes renováveis de energia, como as usinas solares, eólicas e hidrelétricas dos diferentes portes. 

Segundo o presidente do Conselho Administrativo da Abrapch, Pedro Dias, as PCHs e CGHs têm todas as condições para entrar neste novo ciclo, agora é uma questão de analisar custo-benefício. “A Abrapch começa a analisar a possibilidade com os seus associados de, fazendo uma análise econômica e levando em consideração os incentivos anunciados no Paraná, vislumbrar a possibilidade de não só ser o apoio às fontes renováveis no contexto da manutenção da rede, mas também gerar diretamente hidrogênio”, destacou Pedro Dias.

Dias lembrou ainda que as hidrelétricas devem ser a fonte de energia de segurança deste novo modelo de hidrogênio. “Estas usinas produzem energia a todo momento e deve dar o apoio às eólicas e solares , que são intermitentes.  Este apoio hoje é feito pelas usinas termelétricas.  As PCHs e CGHs podem manter o sistema de produção de hidrogênio verde, enquanto as fontes intermitentes podem transformar o hidrogênio na sua bateria.”

PCHs no Paraná 

O Paraná é um dos estados que mais licenciou Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidráulicas (CGHs). Em apenas três anos foram emitidas 127 licenças ambientais para construção de 33 empreendimentos que representam investimentos de R$2 bilhões. “Isso faz com que o Paraná  continue sendo um estado sustentável na geração de energia,  através de PCHS”, destacou  o governador Ratinho Junior. 

O Paraná garantiu um ganho ambiental de 228% em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e em plantio de espécies nativas com a instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), empreendimentos que variam entre 0 e 30 megawatts (MW) de potência instalada.  Entre os anos de 2014 e 2022, 89 projetos de pequenas usinas receberam o licenciamento do Instituto Água e Terra (IAT) – órgão ambiental do Paraná. Para a instalação de todos estes empreendimentos se fez necessária a supressão florestal de 951 hectares, sendo autorizado o estritamente necessário para a instalação da usina e da casa de força. No entanto, o órgão ambiental garantiu a recomposição florestal por parte dos empreendedores de 3.119 hectares, quase 3,5 vezes mais do que o volume suprimido.

Pacote de Medidas 

Dentro do pacote de medidas, anunciado pelo Governo do Estado, estão  a criação do Programa de Energia Verde no Paraná; a desoneração tributária da cadeia produtiva do insumo; linhas de crédito para fomentar investimentos no setor; a resolução que cria o Descomplica H2R, estabelecendo critérios mais simples para licenciamento ambiental para a produção do combustível; e a sanção da  lei que cria a Política Estadual do Hidrogênio Renovável, aprovado pelos deputados na Assembleia Legislativa.

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